Chapter 63: Capítulo 62
Chapter 63: Capítulo 62
Manuela.
Estava toda dolorida, meu corpo coberto de hematomas e eu mal conseguia me mover. Pela
madrugada eu tinha consigo roubar o celular de uns dos capangas do Gael, pedi pra ir no banheiro,
peguei o celular no bolso de um deles e me tranquei no banheiro. Só deu tempo de discar o primeiro
número que veio na mente, que foi o da Lya e dizer que eu havia sido sequestrada e que tinha sido
Gael quem me pegou. Segundos antes de eu ser apagada com uma bancada na cabeça, a porta foi
arrombada e me pegaram pelo cabelo me arrastando pelo chão.
A única coisa que eu pensava era em proteger o bebê a qualquer custo, não deixei de cobrir a barriga
nenhum segundo e rezava para que meu bebê estivesse bem.
A luz foi acessa, abri o olho esquerdo com dificuldade já que o o outro nem se dava o trabalho de abrir
por conta do soco que havia levado.
— Cadê ela? — ouvi a voz de Gael distante e seus passos firmes em minha direção — Vem cá — me
pegou pelo braço me fazendo gritar de dor.
Ele ficou me segurando pelo braços, eu mal aguentava ficar em pé, meu corpo estava todo tomado This belongs to NôvelDrama.Org.
pela dor e pela fraqueza. Gael deslizava o dedo sobre a tela do celular, ainda me segurando pelos
braços colocou o celular em frente ao meu rosto e mesmo enxergando pouco, vi que era uma foto com
''Desaparecida'' na mesma e logo ao lado a foto de Gael.
— Olha o que você me arrumou, garota — apertou meu braço e me jogou no chão — graças a você, a
polícia está atrás de mim.
— Desculpas — disse coma voz falha — e-eu nã..— Gael me pegou pelo pescoço, o apertando forte e
me prensou contra a parede.
— Nós vamos embora amanhã, o avião vai estar nos esperando e espero que você estrague tudo —
me arremessou no chão — sua inútil — chutou minha barriga.
Cobri a barriga rápido com os braços, eu chorava feito criança no chão e estava sentia medo de que
tivesse acontecido algo com o bebê. Gael não tinha esse direito, ele não podia fazer isso comigo, eu
queria ir embora e viver minha vida em paz.
Eu estava de fato vivendo um pesadelo.
Diego.
Voltei para o Rio no momento em que Alex me ligou me dizendo que Manuela tinha sido sequestrada
e que o filha da puta do ex dela tinha armado tudo. Peguei o primeiro voo, era o das quatro da amanhã
e às seis já estava em terra.
— Tem como rastrear esse número? — perguntei. Eu sacodia as pernas e não conseguia parar um
minuto sentado.
— Não sei, eu posso tentar — Ryan respondeu digitando algo no notebook.
Ryan era amigo de Victor, ele sabia tudo sobre tecnologia e obviamente ele era uma das nossas
esperanças de achar a Manuela. Estávamos horas tentando hackear o número que Manuela tinha
ligado para Lya, todas elas foram sem sucesso e eu já estava começando a ficar mais impaciente do
que eu já estava.
— Acho que é melhor nós deixarmos na mão da polícia mesmo — amiga da Manu, Natália, falou
calmo.
— Até a polícia resolver ela e meu filho já morreram — passei os dedos entre os cabelos e suspirei.
— Se ele sequestrou ela, não tem o porque de matá-la — Alex disse apoiado no balcão.
— Você não o conhece, ele é louco — Lya de ajeitou no sofá — capaz de qualquer coisa.
Eram cinco da tarde quase seis, eu estava nervoso, não conseguia mal raciocinar e pra piorar total
situação, tinha meu pai ligando de minuto minuto por conta do meu sumiço. Eu tinha voltado para o
Rio de Janeiro sem avisar, arrumei minhas coisas e vim. Eu não estava me importando com o que ele
estava achando ou algo do tipo, minha prioridade agora não era empresa e nem um monte de
negócios fodidos.
Minha prioridade era Manuela e meu filho, apenas.
— Só mais uns minutos e...— fez pausa dramática — pronto — suspirou.
— Rua casteliano, número 126? — Victor perguntou confuso olhando para a tela do notebook.
— Sim, rastreando o telefone a localização é essa — apontou para a tela — a chamada foi feita de lá,
pelo o que parece.
— Isso da em um galpão — Lya colocou o celular aberto no mapa via satélite.
— Galpão? — me aproximei — então vamos, não temos tempo a perder — peguei as chaves mas
Alex segurou em meu braço.
— Vamos ligar pra polícia, cara — disse me olhando — não sabemos como Gael está ou com quem
está, primeiramente é pra Polícia, Diego.
— Tudo bem — suspirei — mas eu vou na frente, é a Manuela e meu filho que estão lá — puxei meu
braço de volta mas dei de cara com Lya segurando as chaves da porta trancada.
— Não vai não, amor — balançou as chaves.
— É, Diego — Naty se levantou — entendo sua preocupação mas primeiro vamos avisar a polícia.
No momento em que ia falar algo, a campanhia foi tocada, antes de abrir a porta Alex olhou pelo olho
mágico e nós olhou logo após.
— Quem é? — perguntei o olhando.
Alex não disse nada, apenas destrancou a porta e abriu a mesma. Era Gabriel, fazia um tempo que eu
não o via, ele tinha sumido desde a última confusão e para mim era uma grande surpresa vê-lo aqui
hoje e agora. Alex deu espaço para que ele entrasse, o mesmo adentrou com as mãos no bolso
olhando todos. Provavelmente ele sabia do que estava rolando, havia fotos e noticiários da Manuela
por todo lugar, só queria saber o que ele queria.
— Quanto tempo, mano — Victor o abraçou de lado — o que que manda?
— Tô preocupado com a Manuela — disse meio sem jeito.
Ri sarcasticamente. Não acreditava no que eu tinha acabado de ouvir, depois de tudo que ele tinha
feito e falado ainda tinha coragem de falar que se preocupava com Manuela, mesmo depois de ter
praticamente a colocado na rua grávida.
— Lembrou agora que tem uma irmã — o olhei.
— Eu sei que errei — ergueu as mãos — mas eu me arrepen..— o interrompi.
— Sabe quanto tempo você teve pra se arrepender? — dei passos em sua direção.
— Deixa isso pra lá, Diego. Não é hora — Alex pôs a mão meu ombro e eu a tirei.
— Sabe o quanto ela precisou de você? Precisou do seu apoio? — olhei no fundo dos seus olhos.
— Eu sinto muito — falou baixo fitando o chão.
— Não — balancei a cabeça negativamente — não sente.
— Bom, gente — Lya apareceu na sala — a polícia já está indo para o local — nos olhou — Vamos?
Hoje esse pesadelo iria acabar, o Gael não ia ganhar seja lá o que ele achava que isso estava sendo.
Manuela iria ser resgatada, meu filho também e em segurança. Estava disposto a tudo por eles, a
cada minuto que passava pedia pra Deus que eles estivessem bem, que ninguém tivesse feito
nenhum mal a eles.
Tudo isso iria acabar hoje.